Parasitas podem sobreviver no ambiente por meses – prevenção contínua é essencial mesmo para animais que só ficam dentro de casa

São Paulo, Junho de 2025 – Muitos tutores acreditam que cães e gatos que vivem dentro de casa estão protegidos contra parasitas. Entretanto, pulgas e carrapatos não precisam de uma brecha muito grande para invadir o ambiente e causar sérios problemas à saúde dos pets e da família. Esses inimigos invisíveis e persistentes são capazes de se instalar mesmo em ambientes limpos e fechados – seja em locais urbanos ou rurais –, e gerar riscos que somente a prevenção contínua pode evitar. Por isso, entender o ciclo de vida desses parasitas é o primeiro passo para proteger os animais e a si mesmo com eficácia.

“Os parasitas podem chegar em casa por meio de visitas de outros animais contaminados ou pegando carona em nossas roupas e sapatos durante passeios ou idas ao pet shop”, comenta a Dra. Paula Dangui Pinheiro, Médica-Veterinária e Coordenadora de Serviços Técnicos de Animais de Companhia da Zoetis Brasil. “A infestação pode começar antes mesmo de o pet apresentar o primeiro sinal de coceira. Isso acontece porque os agentes parasitários possuem ciclos de vida complexos que, se não forem interrompidos no momento certo e da forma adequada, se renovam constantemente, tornando o ambiente um lugar propício para reinfestações”.

Do ovo ao parasita adulto – ameaça contínua

Uma única pulga é capaz de colocar centenas de ovos em poucos dias. Conforme o pet circula pela casa, esses ovos se espalham pelo ambiente – em sofás, tapetes ou cantos dos cômodos – e continuam seu desenvolvimento fora do animal, evoluindo para larvas, depois para casulos (pupas) e, finalmente, para pulgas adultas prontas para infestar o animal e reiniciar o ciclo.

Já no caso dos carrapatos, o ciclo envolve quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto. Após se alimentar de sangue em cada fase, o carrapato se desprende do hospedeiro e se desenvolve no ambiente, aguardando novas oportunidades para atacar.

Nos ambientes fechados de casas e apartamentos, como frestas de portas, armários ou pisos de madeira, os ovos, larvas e casulos dos parasitas podem sobreviver por semanas ou até meses, aumentando o risco de reinfestações se não houver controle adequado na hora certa.

“As pulgas que vemos a olho nu já estão na fase final dos seus ciclos de vida. Para eliminá-las, é imprescindível consultar um médico-veterinário e administrar o tratamento prescrito o quanto antes”, orienta Dra. Paula. Só que há grandes chances de o ambiente também estar contaminado com ovos e larvas, então é necessário higienizar caminhas, cobertores e pisos com produtos específicos, a fim de garantir a eliminação dos parasitas em todas as suas fases e evitar novas infestações”.

Muitos tutores ainda associam o uso de antiparasitários apenas ao momento em que o animal apresenta sinais claros de infestação. Contudo, a aplicação regular é a única maneira de interromper o ciclo de vida dos parasitas antes que causem danos. “A desparasitação deve começar ainda nas primeiras semanas de vida e ser mantida ao longo de toda a vida do animal, com aplicações regulares, geralmente mensais, conforme a recomendação do médico-veterinário e da bula do produto”, finaliza Paula.

Fonte: Zoetis